O casamento é uma união que envolve amor, respeito, compromisso e cumplicidade.
No entanto, nem sempre as coisas saem como planejado e o relacionamento pode se desgastar com o tempo.
Muitas pessoas se sentem infelizes, insatisfeitas e frustradas com o casamento, mas não têm coragem de se separar.
Se você se identifica com essa situação, saiba que não está sozinho(a). Neste artigo, vamos te ajudar a entender os motivos que te impedem de se separar e como superar esse medo.
Por que você não tem coragem de se separar?
Existem vários fatores que podem influenciar na sua decisão de se separar ou não do seu cônjuge. Alguns deles são:
- Medo de ficar sozinho(a) ou de não encontrar outra pessoa
- Medo de perder o apoio financeiro ou emocional do parceiro(a)
- Medo de decepcionar a família, os amigos ou a sociedade
- Medo de prejudicar os filhos ou de perder a guarda deles
- Medo de enfrentar as mudanças e as consequências de uma separação
- Medo de se arrepender ou de não ser feliz sem o parceiro(a)
- Esperança de que o relacionamento melhore ou de que o parceiro(a) mude
- Sentimento de culpa, de pena ou de responsabilidade pelo parceiro(a)
- Dependência afetiva, emocional ou psicológica do parceiro(a)
- Baixa autoestima, falta de confiança ou de amor-próprio
Esses são alguns dos motivos que podem te fazer pensar: “quero me separar, mas não tenho coragem”.
No entanto, é importante que você reflita sobre o que realmente te faz feliz e o que é melhor para a sua saúde mental e emocional.
Se o seu casamento está te fazendo mal, se você não sente mais amor, respeito ou admiração pelo seu parceiro(a), se você vive em um ambiente de conflito, de violência ou de traição, se você não tem mais projetos ou sonhos em comum com o seu cônjuge, talvez seja hora de se separar.
Como superar o medo de se separar?
Superar o medo de se separar não é uma tarefa fácil, mas é possível. Para isso, você precisa tomar algumas atitudes que vão te ajudar a enfrentar esse desafio. Veja algumas dicas:
Busque apoio profissional
Um psicólogo, um terapeuta ou um coach pode te ajudar a entender os seus sentimentos, a lidar com as suas emoções, a fortalecer a sua autoestima, a tomar decisões e a planejar o seu futuro.
Busque apoio de pessoas queridas
Um amigo, um familiar ou um grupo de apoio pode te oferecer suporte, compreensão, acolhimento e orientação. Você não precisa passar por isso sozinho(a).
Busque informação jurídica
Um advogado, um cartório ou um site especializado pode te esclarecer sobre os seus direitos e deveres, sobre os tipos de separação, sobre os procedimentos e os custos envolvidos. Você não precisa ter medo da burocracia ou da justiça.
Busque atividades que te façam bem
Um hobby, um curso, uma viagem, um exercício, uma meditação ou uma terapia alternativa pode te proporcionar prazer, relaxamento, aprendizado e crescimento pessoal. Você não precisa se anular ou se sacrificar pelo casamento.
Busque o seu propósito de vida
Uma paixão, uma missão, uma vocação, um sonho ou um objetivo pode te motivar, te inspirar, te desafiar e te realizar. Você não precisa se conformar ou se acomodar com o que não te faz feliz.
Essas são algumas formas de superar o medo de se separar e de viver a sua verdade.
Lembre-se que você é o(a) protagonista da sua vida e que você merece ser feliz. Não deixe que o medo te impeça de seguir o seu coração.
Como se separar de forma amigável ou litigiosa?
A separação é um processo que envolve aspectos legais, patrimoniais e familiares.
Dependendo da forma como ela é conduzida, pode ser mais rápida, mais barata e mais tranquila ou mais demorada, mais cara e mais conflituosa.
Existem dois tipos principais de separação: a amigável e a litigiosa. Veja as diferenças entre elas:
Separação amigável
A separação amigável é aquela em que o casal entra em um acordo sobre os termos da separação, como a divisão dos bens, a pensão alimentícia, a guarda dos filhos e o regime de visitas.
Nesse caso, o casal pode optar por fazer a separação em um cartório ou em um juizado especial, sem a necessidade de um processo judicial. Para isso, é preciso que o casal:
- Não tenha filhos menores de idade ou incapazes
- Esteja casado há pelo menos um ano
- Tenha um advogado ou um defensor público para representá-los
- Apresente a certidão de casamento, os documentos pessoais e os documentos dos bens a serem divididos
A separação amigável é a forma mais rápida, mais barata e mais simples de se separar.
Ela pode ser concluída em poucos dias ou semanas, dependendo da disponibilidade do cartório ou do juizado.
Além disso, ela evita o desgaste emocional e o conflito entre as partes, preservando o respeito e a harmonia entre o ex-casal.
Separação litigiosa
A separação litigiosa é aquela em que o casal não entra em um acordo sobre os termos da separação, havendo divergências ou disputas sobre os bens, a pensão, a guarda ou as visitas.
Nesse caso, o casal precisa recorrer a um processo judicial, com a intervenção de um juiz, que vai decidir sobre os assuntos controversos. Para isso, é preciso que o casal:
- Esteja casado há menos de um ano
- Tenha um motivo para a separação, como traição, violência ou abandono
- Tenha um advogado ou um defensor público para representá-los
- Apresente a certidão de casamento, os documentos pessoais, os documentos dos bens e as provas das alegações
A separação litigiosa é a forma mais demorada, mais cara e mais complicada de se separar.
Ela pode levar meses ou anos, dependendo da complexidade do caso e da sobrecarga do judiciário.
Além disso, ela gera um desgaste emocional e um conflito entre as partes, podendo afetar negativamente a relação entre o ex-casal e os filhos.
Como escolher o tipo de separação?
A escolha do tipo de separação depende da vontade e da situação de cada casal.
Se o casal tem condições de dialogar e de negociar os termos da separação, a forma amigável é a mais indicada.
Se o casal não tem condições de se entender e de chegar a um consenso, a forma litigiosa é a mais adequada.
O importante é que o casal tenha consciência das vantagens e desvantagens de cada tipo de separação e que busque a orientação de um profissional qualificado para auxiliá-los nesse processo.
Como preservar a sua família e os seus filhos nesse processo?
A separação é um processo que afeta não apenas o casal, mas também a família e os filhos envolvidos.
Por isso, é importante que o casal tenha cuidado e sensibilidade para preservar a integridade e o bem-estar de todos. Veja algumas dicas de como fazer isso:
Não envolva os filhos nas brigas ou nas decisões do casal
Os filhos não são responsáveis pelo fim do casamento e não devem ser usados como arma ou moeda de troca.
O casal deve conversar com os filhos de forma clara, honesta e respeitosa, explicando os motivos da separação e as mudanças que vão ocorrer, sem culpá-los ou culpá-los pelo parceiro(a).
Não exponha os filhos a situações de violência ou de traição
Os filhos não devem presenciar ou saber de cenas de agressão, de ofensa ou de infidelidade entre os pais.
Essas situações podem causar traumas, medos, inseguranças e problemas emocionais nos filhos, que podem se refletir na sua vida adulta.
Não afaste os filhos do outro pai ou da outra mãe
Os filhos têm o direito de conviver e de manter o vínculo afetivo com ambos os pais, independentemente da separação.
O casal deve respeitar e cumprir o regime de guarda e de visitas estabelecido, sem impedir ou dificultar o contato dos filhos com o outro pai ou a outra mãe.
Não fale mal do outro pai ou da outra mãe para os filhos
Os filhos não devem ser influenciados ou manipulados pelo pai ou pela mãe que fala mal do outro.
O casal deve evitar fazer críticas, julgamentos ou acusações sobre o ex-parceiro(a) na frente ou para os filhos, pois isso pode gerar confusão, angústia e conflito de lealdade nos filhos.
Não descuide da educação e do acompanhamento dos filhos
Os filhos não devem ser negligenciados ou abandonados pelo pai ou pela mãe que se separa.
O casal deve continuar cuidando da alimentação, da saúde, da escola, das atividades e dos interesses dos filhos, dando-lhes atenção, carinho, apoio e orientação.
Essas são algumas formas de preservar a sua família e os seus filhos nesse processo de separação.
Lembre-se que os filhos são o bem mais precioso que o casal tem e que eles precisam de amor, de segurança e de estabilidade para crescerem saudáveis e felizes.
Como tomar a decisão de se separar sem arrependimentos?
Tomar a decisão de se separar é um dos momentos mais difíceis e decisivos da vida de uma pessoa.
Muitas vezes, a pessoa fica em dúvida, em conflito ou em sofrimento, sem saber se está fazendo a escolha certa.
Tenha certeza dos seus sentimentos
Você deve avaliar se ainda sente amor, admiração, respeito e desejo pelo seu parceiro(a), se ainda tem projetos e sonhos em comum com ele(a), se ainda se sente feliz e realizado(a) ao lado dele(a). Se a resposta for não, talvez seja hora de se separar.
Tenha consciência dos seus motivos
Analise se os motivos que levam a se separar são válidos, consistentes e irreversíveis, se eles estão relacionados ao seu parceiro(a) ou a si mesmo(a), se eles são temporários ou permanentes.
Se a pessoa se separa por impulso, por vingança, por influência ou por ilusão, ela pode se arrepender depois.
Tenha coragem de assumir as consequências:
Esteja preparado(a) para enfrentar as mudanças e os desafios que a separação vai trazer, como a solidão, a saudade, a adaptação, a rejeição, a crítica, a perda, a dor.
Você deve ter em mente que a separação é um processo de luto, de renúncia e de reconstrução, que exige tempo, paciência e resiliência.
Tenha esperança de ser feliz
Você deve acreditar que a separação é uma oportunidade de recomeçar, de se redescobrir, de se reinventar, de se libertar, de se valorizar, de se amar.
Tenha em mente que a separação não é o fim, mas o início de uma nova fase, de uma nova história, de uma nova vida.
Essas são algumas dicas de como tomar a decisão de se separar sem arrependimentos.
Lembre-se que você é o(a) único(a) responsável pela sua felicidade e que você tem o direito de escolher o que é melhor para você.
Não deixe que o medo, a culpa, a dúvida ou a insegurança te impeçam de seguir o seu coração.
Espero que este artigo tenha sido esclarecedor para você. Se você se identifica com a situação discutida e deseja explorar mais estratégias para enfrentar esse desafio, sugiro baixar gratuitamente o e-book “Esperança para a Família”.
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